“- O que é isso? Fora! Gritou Zinóvi Boríssitch com Serguiêi.
– Que dúvida! – arremedou Catierina Lvovna.
Ela fechou a porta com agilidade, enfiou a chave no bolso e tornou a apoiar-se na cama metida em sua camisolinha.
– Anda, Seriójotchka, vem cá , vem, meu pombinho – chamou para perto de si o capataz.
Serguiêi sacudiu as madeixas e sentou-se acintosamente ao lado da patroa.
– Ó, Senhor! Meu Deus! Mas o que é isso? O que vocês estão querendo, seus bárbaros?! – gritou Zinóvi Borissitch todo vermelho levantando-se da poltrona.
– O quê? Ou será que não estás gostando? Olha, olha o meu falcão, olha que beleza!
Catierina Lvovna caiu na risada e deu um beijo apaixonado em Serguiêi na frente do marido.
Nesse instante uma estrondosa bofetada lhe ardeu na face e Zinóvi Boríssitch precipitou-se em direção à janela aberta.”
Vocês não têm ideia — bom, os que já leram têm — das reviravoltas que se seguem a esse trecho de Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk, novelinha vertiginosa do Nikolai Leskov.
Não é à toa que o escritor foi tema d‘O Narrador, do Benjamin, um dos poucos textos prestáveis lidos na Comunicação [ que ideia infeliz ].