“Esta, como todas as ilusões, é perigosa, já que desvia os homens do único caminho que leva à justiça: esse caminho não é o da força, mas o do amor. A litigiosidade e a delinquência são enfermidades sociais que podem encontrar no processo uma terapêutica sintomática, mas não uma terapêutica radical. Não existe ourtra justiça que não a ser a justiça divina; mas esta justiça, e nisto está o grandioso mistério, se resolve na caridade. O advogado e o juiz, se querem se esforçar por superar a tremenda dificuldade do juízo, não tem outro meio senão amar.
Não se pode conhecer, e muito menos o homem, se ele não for amado. A verdadeira virtude do advogado e do juiz, a única que os faz dignos de seu ofício, é amar aquele a quem devem conhecer e julgar, se bem que pareça indigno do amor. O juiz, sobretudo, deveria ser um centro de amor”
trecho de Como Se Faz Um Processo, do Francesco Carnelutti, indo tão bem até dar esta bela derrapada na última página.